A Associação Brasileira de Imprensa (ABI), comprometida com a defesa do Estado Democrático de Direito, por meio da Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e dos Direitos Humanos, repudia toda e qualquer forma de ataque ao direito à livre organização dos trabalhadores da mídia.
Coerente com os princípios da entidade, a Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e dos Direitos Humanos, condena as práticas que o Grupo Liberal vem adotando para prejudicar o processo eleitoral para a escolha da diretoria do Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA), a se realizar no dia 20 de novembro.
E se solidariza com a jornalista Enize Vidigal, presidenta da Comissão Eleitoral que organiza o pleito, demitida arbitrariamente do jornal O Liberal, onde atuava como repórter há mais de 20 anos. A demissão da jornalista Enize Vidigal configura não só o cerceamento à liberdade de expressão, mas também perseguição à liberdade de pensamento, o que fere as liberdades individuais.
Diante da proliferação de casos que dificultam a atividade jornalística, a Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos da ABI saúda a divulgação, pelo Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH), da Resolução nº 16, de 10 de novembro de 2023, que dispõe sobre o pleno exercício da liberdade de imprensa e sobre o combate à violência contra jornalistas.
A Resolução nº 16, assinada por André Carneiro Leão, presidente do CNDH, destaca a demissão da jornalista Enize Vidigal, como uma prática antissindical e mais uma tentativa de desestabilizar a eleição para a diretoria do Sindicato de Jornalistas do Pará (Sinjor-PA). O Art. 6º da Resolução afirma que um dos atos de violência contra o exercício profissional de jornalistas e profissionais da imprensa é atacar o direito à livre organização dos trabalhadores da mídia.
Fonte: https://www.abi.org.br/abi-repudia-a-demissao-da-jornalista-enize-vidigal-presidenta-da-comissao-eleitoral-do-sindicato-dos-jornalistas-do-para/